Colesteatoma em Crianças: O que os Pais Precisam Saber!
- Dr Gil Junqueira Marçal

- 29 de set.
- 3 min de leitura
👋 Hoje vamos conversar sobre um assunto muito importante na otorrinolaringologia pediátrica: o colesteatoma. O nome pode parecer complicado, mas entender o que é e quais são os sinais de alerta é fundamental para a saúde auditiva das crianças.
O que é o Colesteatoma? 🤔
Imagine que um pequeno cisto de pele, em vez de crescer para fora, começa a se desenvolver para dentro do ouvido, em um lugar onde não deveria. De forma simples, isso é o colesteatoma.
Não se trata de um tumor ou câncer, mas sim um acúmulo de pele (epitélio escamoso) que cresce de forma desorganizada dentro do ouvido médio e da mastoide (o osso que fica atrás da orelha). O grande problema é que esse cisto tem um comportamento destrutivo: ele não para de crescer 📈 e pode corroer as delicadas estruturas ao seu redor, como os ossículos da audição.
Como Ele Surge nas Crianças?
Existem Dois Tipos Principais:
Colesteatoma Congênito 👶: A criança já nasce com ele. Acredita-se que sua origem venha de "restos" de células de pele que não desapareceram como deveriam durante o desenvolvimento do feto no útero. Ele se forma atrás de um tímpano intacto, em crianças que não têm um histórico de infecções de ouvido ou cirurgias. Muitas vezes, é um achado em um exame de rotina.
Colesteatoma Adquirido 🤒: Este é o tipo mais comum e geralmente surge como uma complicação de problemas crônicos no ouvido. Funciona assim:
Infecções de repetição ou problemas na ventilação do ouvido podem criar uma pressão negativa.
Essa pressão "suga" uma parte do tímpano para dentro, formando uma espécie de bolso, chamado de "bolsão de retração".
A pele que descama naturalmente fica presa dentro desse bolso, acumulando-se e formando o colesteatoma.
Quais São os Sinais de Alerta? 🚨
O diagnóstico precoce é a chave para evitar complicações. Fique atento se seu filho apresentar:
Secreção no ouvido 💧: Principalmente se for persistente (mais de duas semanas), com mau cheiro e não melhorar com os tratamentos habituais. É o sintoma mais comum no colesteatoma adquirido.
Perda de audição 🧏: A criança pode não reclamar, especialmente se for em um ouvido só. Por isso, avaliações auditivas são importantes.
Achado no exame médico 👩⚕️: Muitas vezes, o primeiro sinal é uma "massa branca" que o pediatra ou otorrino visualiza atrás do tímpano durante um exame de rotina.
Por Que o Colesteatoma é Considerado Sério? ⚠️
Se não for tratado, o colesteatoma continua a crescer e a destruir o que encontra pelo caminho. As complicações podem ser graves e incluem:
Perda auditiva permanente pela destruição dos ossículos da audição.
Tontura e vertigem.
Paralisia facial pelo dano ao nervo facial.
Infecções graves 🧠: Em casos raros e avançados, a erosão óssea pode levar a infecções como meningite ou abscessos cerebrais.
Diagnóstico e Tratamento: O Caminho a Seguir 🩺
A suspeita de um colesteatoma exige a avaliação de um
médico otorrinolaringologista. O diagnóstico é confirmado com um exame detalhado do ouvido (muitas vezes com um microscópio) e complementado por exames de imagem, como a tomografia computadorizada.
O tratamento do colesteatoma é sempre cirúrgico 🏥. O objetivo principal da cirurgia é remover completamente o cisto para impedir sua progressão e, sempre que possível, preservar ou reconstruir a audição da criança.
E Depois da Cirurgia? O Acompanhamento é Fundamental 🗓️
Uma das características do colesteatoma é a chance de ele voltar (recorrência), que pode variar de 10% a 60% dependendo da extensão do caso inicial. Por isso, o acompanhamento regular com o otorrino após a cirurgia é essencial para monitorar a cicatrização e garantir que não haja sinais de um novo cisto.
Se você notou algum dos sinais mencionados ou tem preocupações sobre a saúde auditiva do seu filho, não hesite.
Procure um otorrinolaringologista. Cuidar da audição é cuidar do desenvolvimento e da qualidade de vida das nossas crianças.





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